Padel, embora jovem na França, é amplamente dominado a nível internacional por jogadores espanhóis e argentinos. Isto leva regularmente os jogadores franceses a juntarem-se aos espanhóis durante os principais torneios franceses, na esperança de que a sua experiência e talento sejam uma vantagem para ir longe. Mas isso é garantia de sucesso?
Exemplos de sucesso
Certas associações franco-espanholas deram frutos. Durante o FIP Bronze Mondeville, Maxime Forcin, acompanhado pelos espanhóis Adriana Mercadal (138º do mundo), chegou às meias-finais, um bom resultado para este torneio internacional.
Da mesma forma, no final de 2024, durante o Casa P2000 Padel, Bóris Castro et Philemon Raichman também chegou às meias-finais, provando que uma boa complementaridade entre um francês e um jogador estrangeiro pode dar frutos. Vale destacar que Raichman jogou pela direita da pista, o que não é sua posição preferida.
Mas contra-exemplos notáveis
Porém, jogar com um espanhol nem sempre garante sucesso.
- Quando Estádio de Impacto P2000 La Rochelle, Dorian DeMeyer e os espanhóis Victor Mena (70º no mundo) foram cabeças de chave 4. Apesar de seu status, foram eliminados nas oitavas de final por Mathis Dupont-Brimbeuf et Yann Auradou em uma partida acirrada (6/4 6/7 7/5). Victor Mena, apesar de sua classificação internacional, perdeu a partida.
- Ainda em La Rochelle, Benjamim Crane e o argentino naturalizado italiano Juan Manuel Restivo (ex-107º colocado no mundo), cabeça de chave 5, também caiu assim que entrou na disputa contra Thomas Seux et Nathan Courrin.
Um exemplo ainda mais significativo é o de Cyril Hanouna, que participa regularmente de torneios na França acompanhado por jogadores espanhóis de alto nível como Miguel Semmler, Bóris Castro ou Theodor Zapata (35º no mundo). Apesar destas parcerias de prestígio, é raro o facilitador ir além das primeiras rondas, mostrando que a complementaridade e o nível global da equipa continuam a ser essenciais.
O que lembrar
Se os jogadores espanhóis são muitas vezes vistos como referências no mundo do padel graças ao seu domínio internacional e à sua grande experiência, isso não garante o sucesso. Vários fatores influenciam o desempenho:
- A complementaridade da equipe : Um bom conhecimento da área e uma comunicação fluida são essenciais. Problema: o que fazer quando os dois jogadores não falam a mesma língua?
- Homogeneidade de níveis : Se os dois jogadores não estiverem em um nível relativamente próximo, fica difícil competir com times mais equilibrados.
- Estratégia e preparação : O talento individual, mesmo de um jogador espanhol bem classificado, não compensa as grandes diferenças face a duplas bem equilibradas.
- Adaptação ao jogo francês : O terreno ou o estilo de jogo local podem desestabilizar alguns espanhóis habituados a outras condições.
A parceria com um espanhol num torneio de padel em França pode oferecer certas vantagens, nomeadamente em termos de experiência e jogo técnico. Mas isso de forma alguma garante a vitória. Não é a nacionalidade que faz a diferença, mas sim a qualidade da equipa como um todo. Jogar com um espanhol pode ser uma mais-valia, mas para vencer é preciso muito mais: verdadeira química em campo e uma estratégia adaptada.

Descobri o padel diretamente durante um torneio e, francamente, não gostei muito no início. Mas da segunda vez foi amor à primeira vista e, desde então, não perdi uma única partida. Estou até disposto a ficar acordado até as 3 da manhã para assistir ao final de Premier Padel !